20 maio 2011

Crianças de ontem e crianças de hoje

Nas conversas com meu filho caçula, muitas e muitas vezes surge o assunto que começa com as frase clássica: “no meu tempo...” e logo percebo comoestou velho. Porém, nem por causa disso, deixo de contar como era a vida “quando eu era criança”, mesmo que isso remonte a quase seis décadas atrás.

Quase sempre o Georges, meu caçula, mostra dificuldade em entender por que ele foi criado de maneira tão diferente daquela como eu fui criado. Assim, por exemplo, eu andava a pé na noite de São Paulo, voltando da aula na Aliança Francesa, ali perto da Rego Freitas, até a rua Piauí, subindo pela Martim Francisco. Muitas e muitas vezes, às oito horas da noite, resolvia comer uma esfiha na Avenida São João ou tomar um sorvete na Marechal Deodoro. Um pouco mais tarde, ia ao Taco de Ouro, numa sobreloja na esquina da Ipiranga com a Avenida São João, ou ao Salão Maravilha, para ver Carne-Seca ou Zé do Caixote jogarem snooker. E nunca fui molestado por ninguém, nunca fui abordado por nenhum ladrão, jamais alguém se aproximou para me oferecer drogas. Lembro-me que o Luiz Boné (outro grande jogador de sinuca) olhou feio para mim quando provei um gole de cerveja do copo de meu amigo (nove anos mais velho e já estudante universitário), Luiz Carlos Bueno. “Criança toma, no máximo, uma gasosa” disse ele, passando giz em seu taco, “e se você acender um cigarro, agora, eu o faço engoli-lo!”


Fiquei com cara de **, mas aprendi a lição. E eu já estava com 14 anos de idade, já era faixa-preta de judô e caratê, achava-me um homem feito.


Eu ia para o colégio, na metade final da década de 1950, descendo a pé a Avenida Angélica e via, à porta de todas as casas, o litro de leite, o filão de pão, o jornal e a indefectível barra de gelo. Sim, uma barra de gelo, pois as geladeiras domésticas, em sua imensa maioria, não eram mais do que caixas cujas paredes eram recheadas de lã de vidro como isolante térmico e o gelo era posto num compartimento na parte de cima. O ar mais frio descia e resfriava (um pouco) a caixa, proporcionando uma ainda que precária conservação dos alimentos.


E ninguém roubava o leite e nem o pão...


Brincávamos na rua. Havia as “turmas” de moleques, no meu caso, a temida Turma da Baronesa de Itu e a nossa, a Turma da Imaculada Conceição. Havia confrontos entre elas, fosse no jogo de taco, fosse na pelada de rua ou mesmo em brigas, embates corporais (com regras bem claras, não se podia usar paus, pedras, morder, dar soco na cara ou chute no saco). Nunca se ouviu falar de “Bulliyng”, de preconceitos raciais ou quaisquer outros tipo de segregação ou de discriminação. Tínhamos apelidos, alguns bastante pejorativos. Fábio Oliveira do Val era conhecido como “Quatrolho” e Francisco de Barros Campos Jr. era o “Coruja”, pois seus óculos, além de fortes, eram grandes. Eu era o “Japa”, e jamais isso me fez desenvolver qualquer complexo de discriminação.


Muito menos, jamais soubemos que qualquer um daqueles moleques estivesse sendo usado como “avião”... Ou que aspirasse cola ou o famoso “cheirinho da Loló”, uma mistura de cola de sapateiro e gasolina. Aliás, naquela época, a cola de sapateiro era feita à base de peixe ou osso de boi. Era absolutamente orgânica.
A avó de um dos componentes da Turma da Baronesa, uma negra neta de escravos, preparava pratos deliciosos e chamavas quem estivesse por ali para comer. Bastava que ela batesse com a colher de pau na tampa do caldeirão que qualquer desavença entre as turmas acabava e todos corríamos para o amplo quintal de Dona Ana para saborear um munguzá ou um vatapá. Às vezes, era uma galinhada, outras uma galinha ao molho pardo ou mesmo um cozidão... Uma vez por mês, sempre depois de alguns dias de chuva, ela fazia pernas de rã à milanesa. Cabia a nós, os moleques, caçar essas rãs, o que fazíamos à noite, na várzea do Tietê, perto de onde é a Ponte do Limão, na Marginal. Não havia o que temer. Só uma eventual serpente que, espertos, sabíamos bem como evitar.

Meu filho não consegue entender (e acho que nem acreditar) como poderíamos ter tanta liberdade. “Você teve uma vida”, costuma dizer, sem esconder umas ponta bem grande de inveja.


E é verdade, infelizmente. Nós, que fomos moleques durante as décadas de 1950 e 1960, vivemos muito mais do que vocês, moleque que foram no final do século XX e início do XXI.


Nós não tínhamos televisão (na verdade, eu tinha desde 1954, era em preto-e-branco, não havia programas como hoje e, além disso, havia uma disciplina verdadeiramente nazista por parte de meus pais e de nossa governante, a Cilka, que nos deixavas assistir apenas a Sessão Zás-Trás, às 18hs e um outro programinha de desenhos animados até às 20hs, quando passava a propaganda da Parahyba, anunciando seus cobertores e dizendo descaradamente “já é hora de dormir”...


Era a hora de recolher, de ir para a cama sem a menor chance de contestação.


Não havia vídeo-games e muito menos a Internet. Quando tínhamos de fazer uma pesquisa mais aprofundada para um trabalho de escola, éramos obrigados a recorrer à Biblioteca Municipal e a fazer a pesquisa realmente. Bem diferente de hoje em dia, com a Internet, o Google e o processo ^C e ^V.


Líamos mais, estudávamos mais, tínhamos mais atividades extra-curriculares como a Cultura Inglesa, a Aliança Francesa, aulas de piano, de judô, de caratê... Certamente não dispúnhamos de tanta informação como as crianças de hoje. Mas a informação que chegava até nós era aquela de que precisaríamos, era muito menor a possibilidade de acesso a informação indesejável ou perniciosa. Sem contar que o patrulhamento sobre esse tema, por parte de nossos pais e/ou responsáveis era muito mais fácil e maior. Assim, por exemplo, na biblioteca de casa havia um “setor de livros proibidos”, as crianças não podiam pegar. Entre eles, estava “Urupês”, de Monteiro Lobato. Era “muito pesado”, segundo minha mãe – que era psicóloga, professoras de filosofia e advogada, portanto, nenhuma ignorante.


“Você foi um privilegiado”, diz meu caçula, “seu pai era rico, pode lhe dar muita coisa”.


De fato, ele tem razão, mas só em parte. Meu pai, de fato, era no mínimo, bem “remediado”. Era médico em Taubaté, competente e famoso, possuía uma clientela de fazer inveja a todos os outros. De fato, ele pode dar a mim uma educação primorosa num dos melhores colégios de São Paulo e, em momento algum deixei de ter as coisas materiais que desejasse. Mas eu tinha de fazer por merecê-las – inclusive a Lambretta que ganhei aos 15 anos de idade, depois que fui primeiro da classe por três meses seguidos, abril, maio e junho de 1961. Creio que hoje em dia, os psicopedagogos seriam completamente contrários a esse esquema de premiações. Mas posso garantir que, comigo, funcionou. Nunca sofri qualquer acidente pilotando a minha Lambretta pelas ruas de Taubaté, jamais provoquei qualquer tipo de situação desagradável com ela. E nem mesmo os pais das meninas que eu levava na garupa fizeram qualquer objeção ou tiveram motivo para queixas.


Eu era um santinho de altar? Não, não era. Fui traquinas como qualquer moleque, aprontei das minhas, mas em tempo algum fiz coisas que pudessem prejudicar seriamente quem quer que fosse. Chupar limão na frente de uma banda de instrumentos de sopro acaba com a execução das músicas, mas não causa dor em ninguém. Abrir, na feira, as gaiolas onde estavam presos os passarinhos caçados na véspera para serem vendidos, não pode ser considerado como má-ação.


Atualmente, a maior preocupação dos pais é a possibilidade de suas crianças terem acesso a sites indevidos na Internet. Aliás, preocupação bem fundamentada.


Também o medo da violência dentro das próprias escolas, veja-se o que ocorreu no Realengo, RJ. E a violência nas ruas. Não se vê mais crianças brincando nas ruas. Elas estão dentro de casa e a opção que têm são os vídeo-games e a Internet. Ou a TV a cabo, em que os canais adultos estão bloqueados pelos pais. Nada menos que 80% das crianças (segundo uma pesquisa de uma TV a cabo), está dentro de casa e diante de uma tela, seja de computador, seja de TV.


Mas os filmes que tratam de violência e estupros estão em todos os canais e as crianças acabam assistindo-os. E as notícias sobre a violência urbana estão à disposição de quem quiser nos jornais da Internet.


Assim, Georges, entendo a sua revolta. De fato, minha infância e adolescência foi pior do que eu tive. Por outro lado, á bem verdade que procurei compensar essa diferença dando a você muito mais atenção do que me deu meu pai. E ao vê-lo hoje, com 31 anos de idade, brincando com sua filhinha de cinco, imagino que tipo de infância e adolescência essas menina terá com a evolução tecnológica da atualidade. E rio sozinho ao pensar n o que você vai dizer a ela quando contar de sua época. Ou quando lhe repetir as minhas histórias...


Com certeza ela vai imaginar que seu avô viveu num outro planeta, pois aqui na Terra, essas coisas jamais puderam acontecer. Imagine-se uma vida sem Internet!

1 comentários:

Anônimo disse...

é "bullying"

20 maio 2011

Crianças de ontem e crianças de hoje

Nas conversas com meu filho caçula, muitas e muitas vezes surge o assunto que começa com as frase clássica: “no meu tempo...” e logo percebo comoestou velho. Porém, nem por causa disso, deixo de contar como era a vida “quando eu era criança”, mesmo que isso remonte a quase seis décadas atrás.

Quase sempre o Georges, meu caçula, mostra dificuldade em entender por que ele foi criado de maneira tão diferente daquela como eu fui criado. Assim, por exemplo, eu andava a pé na noite de São Paulo, voltando da aula na Aliança Francesa, ali perto da Rego Freitas, até a rua Piauí, subindo pela Martim Francisco. Muitas e muitas vezes, às oito horas da noite, resolvia comer uma esfiha na Avenida São João ou tomar um sorvete na Marechal Deodoro. Um pouco mais tarde, ia ao Taco de Ouro, numa sobreloja na esquina da Ipiranga com a Avenida São João, ou ao Salão Maravilha, para ver Carne-Seca ou Zé do Caixote jogarem snooker. E nunca fui molestado por ninguém, nunca fui abordado por nenhum ladrão, jamais alguém se aproximou para me oferecer drogas. Lembro-me que o Luiz Boné (outro grande jogador de sinuca) olhou feio para mim quando provei um gole de cerveja do copo de meu amigo (nove anos mais velho e já estudante universitário), Luiz Carlos Bueno. “Criança toma, no máximo, uma gasosa” disse ele, passando giz em seu taco, “e se você acender um cigarro, agora, eu o faço engoli-lo!”


Fiquei com cara de **, mas aprendi a lição. E eu já estava com 14 anos de idade, já era faixa-preta de judô e caratê, achava-me um homem feito.


Eu ia para o colégio, na metade final da década de 1950, descendo a pé a Avenida Angélica e via, à porta de todas as casas, o litro de leite, o filão de pão, o jornal e a indefectível barra de gelo. Sim, uma barra de gelo, pois as geladeiras domésticas, em sua imensa maioria, não eram mais do que caixas cujas paredes eram recheadas de lã de vidro como isolante térmico e o gelo era posto num compartimento na parte de cima. O ar mais frio descia e resfriava (um pouco) a caixa, proporcionando uma ainda que precária conservação dos alimentos.


E ninguém roubava o leite e nem o pão...


Brincávamos na rua. Havia as “turmas” de moleques, no meu caso, a temida Turma da Baronesa de Itu e a nossa, a Turma da Imaculada Conceição. Havia confrontos entre elas, fosse no jogo de taco, fosse na pelada de rua ou mesmo em brigas, embates corporais (com regras bem claras, não se podia usar paus, pedras, morder, dar soco na cara ou chute no saco). Nunca se ouviu falar de “Bulliyng”, de preconceitos raciais ou quaisquer outros tipo de segregação ou de discriminação. Tínhamos apelidos, alguns bastante pejorativos. Fábio Oliveira do Val era conhecido como “Quatrolho” e Francisco de Barros Campos Jr. era o “Coruja”, pois seus óculos, além de fortes, eram grandes. Eu era o “Japa”, e jamais isso me fez desenvolver qualquer complexo de discriminação.


Muito menos, jamais soubemos que qualquer um daqueles moleques estivesse sendo usado como “avião”... Ou que aspirasse cola ou o famoso “cheirinho da Loló”, uma mistura de cola de sapateiro e gasolina. Aliás, naquela época, a cola de sapateiro era feita à base de peixe ou osso de boi. Era absolutamente orgânica.
A avó de um dos componentes da Turma da Baronesa, uma negra neta de escravos, preparava pratos deliciosos e chamavas quem estivesse por ali para comer. Bastava que ela batesse com a colher de pau na tampa do caldeirão que qualquer desavença entre as turmas acabava e todos corríamos para o amplo quintal de Dona Ana para saborear um munguzá ou um vatapá. Às vezes, era uma galinhada, outras uma galinha ao molho pardo ou mesmo um cozidão... Uma vez por mês, sempre depois de alguns dias de chuva, ela fazia pernas de rã à milanesa. Cabia a nós, os moleques, caçar essas rãs, o que fazíamos à noite, na várzea do Tietê, perto de onde é a Ponte do Limão, na Marginal. Não havia o que temer. Só uma eventual serpente que, espertos, sabíamos bem como evitar.

Meu filho não consegue entender (e acho que nem acreditar) como poderíamos ter tanta liberdade. “Você teve uma vida”, costuma dizer, sem esconder umas ponta bem grande de inveja.


E é verdade, infelizmente. Nós, que fomos moleques durante as décadas de 1950 e 1960, vivemos muito mais do que vocês, moleque que foram no final do século XX e início do XXI.


Nós não tínhamos televisão (na verdade, eu tinha desde 1954, era em preto-e-branco, não havia programas como hoje e, além disso, havia uma disciplina verdadeiramente nazista por parte de meus pais e de nossa governante, a Cilka, que nos deixavas assistir apenas a Sessão Zás-Trás, às 18hs e um outro programinha de desenhos animados até às 20hs, quando passava a propaganda da Parahyba, anunciando seus cobertores e dizendo descaradamente “já é hora de dormir”...


Era a hora de recolher, de ir para a cama sem a menor chance de contestação.


Não havia vídeo-games e muito menos a Internet. Quando tínhamos de fazer uma pesquisa mais aprofundada para um trabalho de escola, éramos obrigados a recorrer à Biblioteca Municipal e a fazer a pesquisa realmente. Bem diferente de hoje em dia, com a Internet, o Google e o processo ^C e ^V.


Líamos mais, estudávamos mais, tínhamos mais atividades extra-curriculares como a Cultura Inglesa, a Aliança Francesa, aulas de piano, de judô, de caratê... Certamente não dispúnhamos de tanta informação como as crianças de hoje. Mas a informação que chegava até nós era aquela de que precisaríamos, era muito menor a possibilidade de acesso a informação indesejável ou perniciosa. Sem contar que o patrulhamento sobre esse tema, por parte de nossos pais e/ou responsáveis era muito mais fácil e maior. Assim, por exemplo, na biblioteca de casa havia um “setor de livros proibidos”, as crianças não podiam pegar. Entre eles, estava “Urupês”, de Monteiro Lobato. Era “muito pesado”, segundo minha mãe – que era psicóloga, professoras de filosofia e advogada, portanto, nenhuma ignorante.


“Você foi um privilegiado”, diz meu caçula, “seu pai era rico, pode lhe dar muita coisa”.


De fato, ele tem razão, mas só em parte. Meu pai, de fato, era no mínimo, bem “remediado”. Era médico em Taubaté, competente e famoso, possuía uma clientela de fazer inveja a todos os outros. De fato, ele pode dar a mim uma educação primorosa num dos melhores colégios de São Paulo e, em momento algum deixei de ter as coisas materiais que desejasse. Mas eu tinha de fazer por merecê-las – inclusive a Lambretta que ganhei aos 15 anos de idade, depois que fui primeiro da classe por três meses seguidos, abril, maio e junho de 1961. Creio que hoje em dia, os psicopedagogos seriam completamente contrários a esse esquema de premiações. Mas posso garantir que, comigo, funcionou. Nunca sofri qualquer acidente pilotando a minha Lambretta pelas ruas de Taubaté, jamais provoquei qualquer tipo de situação desagradável com ela. E nem mesmo os pais das meninas que eu levava na garupa fizeram qualquer objeção ou tiveram motivo para queixas.


Eu era um santinho de altar? Não, não era. Fui traquinas como qualquer moleque, aprontei das minhas, mas em tempo algum fiz coisas que pudessem prejudicar seriamente quem quer que fosse. Chupar limão na frente de uma banda de instrumentos de sopro acaba com a execução das músicas, mas não causa dor em ninguém. Abrir, na feira, as gaiolas onde estavam presos os passarinhos caçados na véspera para serem vendidos, não pode ser considerado como má-ação.


Atualmente, a maior preocupação dos pais é a possibilidade de suas crianças terem acesso a sites indevidos na Internet. Aliás, preocupação bem fundamentada.


Também o medo da violência dentro das próprias escolas, veja-se o que ocorreu no Realengo, RJ. E a violência nas ruas. Não se vê mais crianças brincando nas ruas. Elas estão dentro de casa e a opção que têm são os vídeo-games e a Internet. Ou a TV a cabo, em que os canais adultos estão bloqueados pelos pais. Nada menos que 80% das crianças (segundo uma pesquisa de uma TV a cabo), está dentro de casa e diante de uma tela, seja de computador, seja de TV.


Mas os filmes que tratam de violência e estupros estão em todos os canais e as crianças acabam assistindo-os. E as notícias sobre a violência urbana estão à disposição de quem quiser nos jornais da Internet.


Assim, Georges, entendo a sua revolta. De fato, minha infância e adolescência foi pior do que eu tive. Por outro lado, á bem verdade que procurei compensar essa diferença dando a você muito mais atenção do que me deu meu pai. E ao vê-lo hoje, com 31 anos de idade, brincando com sua filhinha de cinco, imagino que tipo de infância e adolescência essas menina terá com a evolução tecnológica da atualidade. E rio sozinho ao pensar n o que você vai dizer a ela quando contar de sua época. Ou quando lhe repetir as minhas histórias...


Com certeza ela vai imaginar que seu avô viveu num outro planeta, pois aqui na Terra, essas coisas jamais puderam acontecer. Imagine-se uma vida sem Internet!

Um comentário:

Anônimo disse...

é "bullying"