19 janeiro 2011

Agnóstico, graças a Deus!

José Carlos Garcia, possivelmente o mais sábio psicólogo e psicoterapeuta da Paulicéia Desvairada, garante ser agnóstico. Por isso ele é sábio. Também o é pelo fato de ser casado com a Cláudia, bela por dentro e por fora, capaz de olhar meigamente para o marido e aceitar com um sorriso quando ele fala de seus conceitos sobre toda e qualquer religião. Tenho a honra de poder dizer que Garcia é meu amigo. Amigo-irmão, pois temos o mesmo prenome e, para agravar, o mesmo tufo de pelos no punho, mais precisamente, na face ventro-lateral do terço distal dos antebraços. E esta á apenas uma das características que temos em comum. Uma outra é o gosto por vinhos, distilados e outras delícias etílicas. Digo a ele que tudo isso tem de ser resquícios de uma ligação até mesmo sanguínea de vidas anteriores. E ele ri, pois agnóstico que é, não pode acreditar nessas coisas.

Mas eu acredito. Na verdade, nem sei em que acredito, uma vez que ultimamente tenho tendido bastante para o agnosticismo. Tenho posto em sérias dúvidas a religião católica, com os digníssimos representantes de Deus envolvidos com crimes inacreditáveis, crimes estes que vão desde pedofilia até lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Escrevi um romance recontando uma história que me foi transmitida por um ex-padre (Também se Lava com Água Benta, https://editora.webstorelw.com.br/products/tambem-se-lava-com-agua-benta ).

Da mesma maneira, não é possível acreditar e confiar nos evangélicos, cujos pastores e bispos se tornam milionários com os dízimos... E quanto aos pais-de-santo, mães-de-santo e outros, estão muito mais perto do charlatanismo do que de qualquer outra coisa. Andei por tudo isso, incluindo centros espíritas kardecistas, em busca de uma fé. Não encontrei. Um padre meu amigo, não aquele que me contou toda a história, disse-me que não há fé se não existir a dúvida. Acho um tanto quanto paradoxal. Acredita-se incondicionalmente (e então há fé), ou não se acredita e ponto final.

E eu estou não acreditando em nada.

Contudo, essa descrença não me impede de dizer a Deus, ao tentar adormecer, que faça com que os meus números da loteria sejam sorteados. E de negociar com Ele, garantindo que, se eu ganhar, vou destinar uma verba para a caridade...

Da mesma maneira, minha descrença e agnosticismo não me impediram de, no dia 8 de dezembro, desesperado de dor na perna direita (consequência de uma neuropatia diabética que me aniquilou ambas as pernas) pedir a Nossa Senhora Aparecida que me aliviasse essa dor. Por força de uma influência psicológica ou por conta realmente de uma interferência metafísica, a dor diminuiu sensivelmente a partir da manhã do dia 9 de dezembro... E eu agradeci sinceramente à nossa Padroeira. Com fé, sem deixar de lado meus conceitos garcianos de agnosticismo.

Então, começo a imaginar que Deus existe, sim. Cercado por todos os santos do panteão católico, hinduísta, umbandista, etc. Porém, Ele existe numa dimensão diferente, num universo diferente, mas capaz de interferir e de interagir com este nosso universo, nesta nossa dimensão. Na verdade, Deus não tem representantes nesta nossa dimensão, Padres, bispos católicos, bispos evangélicos, pastores, gurus, pais e mães de santo e tudo o mais que se dizem representar Deus aqui na Terra, não passam de profissionais que encontraram uma maneira de sobreviver (e bem) à custa da fé do ser humano, à custa do vício do povo em ter de acreditar em alguma coisa que reflita de uma maneira qualquer, a vida eterna. Mao tinha razão: a religião é o ópio do povo.

Não há vida eterna. A morte é, definitivamente, o fim de tudo.
Porém, de cima de uma porção de teorias e filosofias agnósticas, eu prefiro acreditar que a energia de que nós todos somos dotados passa para essa dimensão diferente, uma vez que Lavoisier sempre esteve certo: Nada se cria, tudo se transforma.

Assim, nossa energia “vai” para essa outra dimensão, onde será reciclada e retornará, para uma “vida”, onde quer que ela venha a acontecer.

E o sábio Garcia que se dane!
Respeito-o, admiro-o, sigo suas teorias.
Mas não canso de dizer: Sim, sou Agnóstico, graças a Deus!

1 comentários:

Anônimo disse...

Texto prazeroza neste blog, postagens deste modo dignificam a quem observar aqui :/
Faz muito mais do teu web site, aos teus leitores.

19 janeiro 2011

Agnóstico, graças a Deus!

José Carlos Garcia, possivelmente o mais sábio psicólogo e psicoterapeuta da Paulicéia Desvairada, garante ser agnóstico. Por isso ele é sábio. Também o é pelo fato de ser casado com a Cláudia, bela por dentro e por fora, capaz de olhar meigamente para o marido e aceitar com um sorriso quando ele fala de seus conceitos sobre toda e qualquer religião. Tenho a honra de poder dizer que Garcia é meu amigo. Amigo-irmão, pois temos o mesmo prenome e, para agravar, o mesmo tufo de pelos no punho, mais precisamente, na face ventro-lateral do terço distal dos antebraços. E esta á apenas uma das características que temos em comum. Uma outra é o gosto por vinhos, distilados e outras delícias etílicas. Digo a ele que tudo isso tem de ser resquícios de uma ligação até mesmo sanguínea de vidas anteriores. E ele ri, pois agnóstico que é, não pode acreditar nessas coisas.

Mas eu acredito. Na verdade, nem sei em que acredito, uma vez que ultimamente tenho tendido bastante para o agnosticismo. Tenho posto em sérias dúvidas a religião católica, com os digníssimos representantes de Deus envolvidos com crimes inacreditáveis, crimes estes que vão desde pedofilia até lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Escrevi um romance recontando uma história que me foi transmitida por um ex-padre (Também se Lava com Água Benta, https://editora.webstorelw.com.br/products/tambem-se-lava-com-agua-benta ).

Da mesma maneira, não é possível acreditar e confiar nos evangélicos, cujos pastores e bispos se tornam milionários com os dízimos... E quanto aos pais-de-santo, mães-de-santo e outros, estão muito mais perto do charlatanismo do que de qualquer outra coisa. Andei por tudo isso, incluindo centros espíritas kardecistas, em busca de uma fé. Não encontrei. Um padre meu amigo, não aquele que me contou toda a história, disse-me que não há fé se não existir a dúvida. Acho um tanto quanto paradoxal. Acredita-se incondicionalmente (e então há fé), ou não se acredita e ponto final.

E eu estou não acreditando em nada.

Contudo, essa descrença não me impede de dizer a Deus, ao tentar adormecer, que faça com que os meus números da loteria sejam sorteados. E de negociar com Ele, garantindo que, se eu ganhar, vou destinar uma verba para a caridade...

Da mesma maneira, minha descrença e agnosticismo não me impediram de, no dia 8 de dezembro, desesperado de dor na perna direita (consequência de uma neuropatia diabética que me aniquilou ambas as pernas) pedir a Nossa Senhora Aparecida que me aliviasse essa dor. Por força de uma influência psicológica ou por conta realmente de uma interferência metafísica, a dor diminuiu sensivelmente a partir da manhã do dia 9 de dezembro... E eu agradeci sinceramente à nossa Padroeira. Com fé, sem deixar de lado meus conceitos garcianos de agnosticismo.

Então, começo a imaginar que Deus existe, sim. Cercado por todos os santos do panteão católico, hinduísta, umbandista, etc. Porém, Ele existe numa dimensão diferente, num universo diferente, mas capaz de interferir e de interagir com este nosso universo, nesta nossa dimensão. Na verdade, Deus não tem representantes nesta nossa dimensão, Padres, bispos católicos, bispos evangélicos, pastores, gurus, pais e mães de santo e tudo o mais que se dizem representar Deus aqui na Terra, não passam de profissionais que encontraram uma maneira de sobreviver (e bem) à custa da fé do ser humano, à custa do vício do povo em ter de acreditar em alguma coisa que reflita de uma maneira qualquer, a vida eterna. Mao tinha razão: a religião é o ópio do povo.

Não há vida eterna. A morte é, definitivamente, o fim de tudo.
Porém, de cima de uma porção de teorias e filosofias agnósticas, eu prefiro acreditar que a energia de que nós todos somos dotados passa para essa dimensão diferente, uma vez que Lavoisier sempre esteve certo: Nada se cria, tudo se transforma.

Assim, nossa energia “vai” para essa outra dimensão, onde será reciclada e retornará, para uma “vida”, onde quer que ela venha a acontecer.

E o sábio Garcia que se dane!
Respeito-o, admiro-o, sigo suas teorias.
Mas não canso de dizer: Sim, sou Agnóstico, graças a Deus!

Um comentário:

Anônimo disse...

Texto prazeroza neste blog, postagens deste modo dignificam a quem observar aqui :/
Faz muito mais do teu web site, aos teus leitores.