06 setembro 2007

O Crime da Beleza

Ruben Braga começou uma de suas crônicas assim: “Vovô vê a uva... Eu vejo a viúva”.
A diferença é que eu não vejo viúva nenhuma, minha atenção se concentra e se desvanece vendo a uva. Uma uvinha linda – minha netinha, hoje com quatro anos de idade.

Concomitantemente, salta-me aos olhos, através de um noticiário na televisão, a imagem de uma outra uva, esta com treze anos de existência. E fico pensando, preocupado, se daqui a parcos nove anos minha neta também estará assim.

Creio que não. Por mais que o modus criandi que minha filha usa para moldar a menina seja diferente – às vezes até mesmo antagônico – daqueles que nós, seus pais, lançamos mão para formá-la, acho que à minha neta jamais seria permitido chegar a tal absurdo.

Sim, absurdo, pois a menina que ali na telinha diz que tem apenas treze anos de idade, aparenta pelo menos vinte e três.

A. B. – vamos identificá-la assim, apenas com as iniciais, uma vez que não é nosso desejo infringir a Lei e esta diz que menores de idade envolvidos em alguma espécie de infração, não podem ter seu nome divulgado a não ser por suas iniciais – é, inegavelmente, linda. Possui um rosto de linhas puras, um corpo bem feito – talvez magro demais, para o meu gosto – cabelos bonitos, é elegante... Tem tudo para ser uma modelo de sucesso como, aliás, o é.

A. B. é a representação concreta do sonho da imensa maioria de nossas adolescentes: ela é uma modelo profissional com a agenda cheia e iluminada pelos holofotes da mídia especializada.

Quando ela começa a responder às perguntas do entrevistador, temos mais uma surpresa: sua voz, seu modo de falar, a lógica das respostas, a desinibição, a maturidade e a calma de A. B. em hipótese alguma condizem com a sua idade cronológica.

À luz do mais rudimentar conhecimento sobre a evolução individual de uma pessoa, percebe-se nitidamente que essa menina foi exaustivamente trabalhada do ponto de vista psicológico para que pudesse mostrar – ao menos nessa entrevista – que está muito mais madura até mesmo do que muitas mulheres já adultas. Olhando-a e ouvindo-a falar, esquecemos por completo de seus treze anos de vida... Ali está uma mulher e não uma menina!

Enquanto ela é entrevistada, a produção do telejornal passa algumas imagens de A. B. desfilando. Ela está usando – nessa imagem que mais se fixou à minha memória – um vestido bem decotado e que deixa entrever seios grandes, completamente dissonantes com o corpo de uma adolescente mal entrada na puberdade. A velha, ultrapassada e já comprovadamente errônea teoria afirmando que as brasileiras, por causa do clima tropical ou sub-tropical, teriam um desenvolvimento somático mais rápido do que as européias ou mesmo norte-americanas não é suficiente para explicar tamanha opulência. E, então, ela confessa que fez uma prótese de silicone. Cento e oitenta mililitros de cada lado... Argumenta que tal procedimento tinha sido necessário, uma vez que seus seios eram pequenos demais.

Esqueceu-se A. B. – bem como seus pais – que a Natureza não prevê para o desenvolvimento físico de uma menina de treze anos de idade, seios tão volumosos, mesmo porque sua coluna vertebral ainda não está desenvolvida a ponto de suportar esse peso.

A pergunta bate-me, de chofre: qual foi o médico que aceitou fazer essa cirurgia, sabendo que estaria infringindo não apenas a lei dos homens, mas uma lei muito mais sábia que é a da própria Natureza? Não pode ter sido um incompetente qualquer, tanto que se pode notar o chamado sucesso cirúrgico, ou seja, o médico obteve plenamente o resultado pretendido.

Então vem a triste certeza: não teria existido outro motivo para a realização dessa cirurgia que não o dinheiro. Assim como também foi o dinheiro – muito bem amparado pelos alicerces de uma situação a que se denomina fama – que motivou os pais de A. B. a permitirem que se lhe tenha sido arrancada a infância e a adolescência como num passe de mágica: hoje, você é uma menina; amanhã será uma mulher, sendo que esse amanhã é realmente amanhã, apenas vinte e quatro horas depois e não um amanhã metafórico, que sugere todo um futuro, décadas, talvez um lustro para a frente.
Neste momento, A. B. está afirmando estar consciente de que a carreira de modelo tem curtíssima duração e que já está se preparando para a aposentadoria – provavelmente compulsória – aos vinte e poucos anos de idade.

Reflito: A. B. perdeu a infância e a adolescência preparando-se arduamente para brilhar nas passarelas; e um erro estratégico, uma malandragem por parte das pessoas que se encarregaram de administrar o dinheiro que ela ganhou, pode decretar que ela também perca não apenas a mocidade, mas a vida toda. Aliás, somaticamente, ela já está perdendo pelo menos dez anos de vida, já que foi envelhecida de propósito prematuramente. Com treze anos, ela aparenta pelo menos vinte e três...

Minha atenção retorna ao vídeo e vejo-escuto a menina dizer que tinha sido obrigada – por causa dos incontáveis compromissos profissionais – a abandonar os estudos na sétima série. Voltará ela à escola depois, quando se aposentar? Tenho toda a liberdade de pensar: duvido.

Faz-se um verdadeiro escândalo de mídia quando se fala de casos de meninos-carvoeiros, meninos-mulas carregando fardos pesadíssimo de erva mate, de flanelinhas explorados por adultos nos semáforos das grandes cidades. Diz-se alto e a bom som que lugar de criança é na escola. O governo chega a fazer – e a mal executar – projetos de acréscimo – ridículo – de renda familiar para possibilitar crianças a deixarem de trabalhar para poderem se dedicar aos estudos. São crianças pobres, de famílias pobres, com sonhos mais chãos...

Mas ninguém fala – pelo menos de forma suficientemente clara – a respeito dessas meninas, boa parte delas vindas de famílias de classe média, que trabalham muitas vezes incomparavelmente mais do que qualquer menino-carvoeiro, por exemplo, na perseguição do sucesso e da fama nas passarelas. E, evidentemente, na perseguição dos gordos lucros monetários que a posição de top model pode auferir.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, a profissão de modelo, para qualquer dessas meninas, é contrária ao que ditam os incisos I e II do artigo 63, que onde fica expressa a garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular e atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente. O mesmo Estatuto estabelece como crime o fato de adultos obrigarem crianças a trabalhar.

Portanto, no caso de nossas tão jovens modelos, estão sendo cometidos – assim a olhos vistos – pelo menos dois crimes: o afastamento das meninas dos bancos escolares e a exploração do trabalho infantil, crime este em que seriam réus os agentes e os pais da modelo.

Pensando mais um pouco, encontro mais criminosos: o médico que lhe implantou próteses de silicone, o nutricionista que lhe estabeleceu uma dieta magra, tão magra que no máximo lhe permite a sobrevivência, os fotógrafos que não se inibem de fotografar sua nudez – e isso poderia ser catalogado como crime de corrupção de menor – o psicólogo que lhe enfiou na mente uma auto-estima que ela ainda não está preparada para assumir e a própria mídia, que divulga e exalta uma menina que, aos treze anos, tem corpo, cabeça e trabalho de uma mulher no mínimo dez anos mais velha.

A modelo, esta, não tem culpa nenhuma. Ela é a vítima típica, aquela que sofre em virtude da ambição material de pais, agentes, médicos, nutrólogos, fotógrafos, repórteres e todos mais que, em função da assincronia idade-função-trabalho da modelo, ganham verdadeiros rios de dinheiro.

É mais do que natural que uma menina, desde muito cedo, tenha como ídolo qualquer uma dessas modelos lindíssimas que diariamente estão na telinha. O que não pode ser considerado como natural é o fato de essa menina ser excessivamente estimulada a se tornar uma delas. Pior ainda: os pais dessa menina – principalmente a mãe – fazer de tudo para que ela assim o seja. Isso implica no desprezo da base fisiológica da vítima, vale dizer que inúmeras vezes os adultos que a cercam fazem questão de fechar os olhos às evidências mais simples, tais como o biótipo da menina, e forçam-na a ser fisicamente algo que a Natureza, já em seu código genético, impedira-a de ser. Crime de lesão corporal grave, com dolo?

Escuto um toc-toc meio dissonante e descompassado às minhas costas e vejo – com um arrepio de terror – minha netinha aparecer calçando os sapatos altos de sua mãe.

Penso um pouco antes de responder afirmativamente à sua pergunta vovô, estou bonita? E estremeço quando ela dá uma volta sobre si mesma – quase caindo dos saltos, é verdade – e diz: Quando eu crescer, vou ser como a Gisele Bündchen!

Assim espero, minha uvinha... Assim espero. Mas, veja bem, somente quando você crescer.
Quando terminar de crescer!

1 comentários:

Zerfas disse...

pensando sobre, seria otimo se todas as crianças quisessem ser o que são : crianças. Simples, indisciplinadas, alegres, descomprometidas com o mundo (ou quase todo mundo) que as cercam.
A liberdade que a infancia não tme como ser vivida em outra fase da vida, por mais que tentemos ter um espírito de Peter Pan, onde todos são crainças e a brincadeira é a lógica de toda a vida.
Meu pai era um Peter Pan, no fundo acreditava que poderia ter tudo que sua imaginação ou desejo ambiciava, mas com o coração. Não havia um desejo de ser um homem poderoso, domo de uma empresa ou algo que demandasse uma dedicação de responsabilidade muito alta.
Ser pai e professor, montanhista, quando tinha tempo marido, no fundo dele já o realizava como ser humano. Mas muitas vezes achou que eu poderia ser a MOdelo. Me recusei e me recusaria até hj, mesmo sabendo que não tenho aparência de tal.
Ele se foi e continuo tentando aprender com ser Peter Pan nos dias de hj onde tudo é sexo violência e paixão, onde a pureza e a espontaniedade não tem lugar nas passarelas da moda e nem são manchetes de jornal.
Zerfas

06 setembro 2007

O Crime da Beleza

Ruben Braga começou uma de suas crônicas assim: “Vovô vê a uva... Eu vejo a viúva”.
A diferença é que eu não vejo viúva nenhuma, minha atenção se concentra e se desvanece vendo a uva. Uma uvinha linda – minha netinha, hoje com quatro anos de idade.

Concomitantemente, salta-me aos olhos, através de um noticiário na televisão, a imagem de uma outra uva, esta com treze anos de existência. E fico pensando, preocupado, se daqui a parcos nove anos minha neta também estará assim.

Creio que não. Por mais que o modus criandi que minha filha usa para moldar a menina seja diferente – às vezes até mesmo antagônico – daqueles que nós, seus pais, lançamos mão para formá-la, acho que à minha neta jamais seria permitido chegar a tal absurdo.

Sim, absurdo, pois a menina que ali na telinha diz que tem apenas treze anos de idade, aparenta pelo menos vinte e três.

A. B. – vamos identificá-la assim, apenas com as iniciais, uma vez que não é nosso desejo infringir a Lei e esta diz que menores de idade envolvidos em alguma espécie de infração, não podem ter seu nome divulgado a não ser por suas iniciais – é, inegavelmente, linda. Possui um rosto de linhas puras, um corpo bem feito – talvez magro demais, para o meu gosto – cabelos bonitos, é elegante... Tem tudo para ser uma modelo de sucesso como, aliás, o é.

A. B. é a representação concreta do sonho da imensa maioria de nossas adolescentes: ela é uma modelo profissional com a agenda cheia e iluminada pelos holofotes da mídia especializada.

Quando ela começa a responder às perguntas do entrevistador, temos mais uma surpresa: sua voz, seu modo de falar, a lógica das respostas, a desinibição, a maturidade e a calma de A. B. em hipótese alguma condizem com a sua idade cronológica.

À luz do mais rudimentar conhecimento sobre a evolução individual de uma pessoa, percebe-se nitidamente que essa menina foi exaustivamente trabalhada do ponto de vista psicológico para que pudesse mostrar – ao menos nessa entrevista – que está muito mais madura até mesmo do que muitas mulheres já adultas. Olhando-a e ouvindo-a falar, esquecemos por completo de seus treze anos de vida... Ali está uma mulher e não uma menina!

Enquanto ela é entrevistada, a produção do telejornal passa algumas imagens de A. B. desfilando. Ela está usando – nessa imagem que mais se fixou à minha memória – um vestido bem decotado e que deixa entrever seios grandes, completamente dissonantes com o corpo de uma adolescente mal entrada na puberdade. A velha, ultrapassada e já comprovadamente errônea teoria afirmando que as brasileiras, por causa do clima tropical ou sub-tropical, teriam um desenvolvimento somático mais rápido do que as européias ou mesmo norte-americanas não é suficiente para explicar tamanha opulência. E, então, ela confessa que fez uma prótese de silicone. Cento e oitenta mililitros de cada lado... Argumenta que tal procedimento tinha sido necessário, uma vez que seus seios eram pequenos demais.

Esqueceu-se A. B. – bem como seus pais – que a Natureza não prevê para o desenvolvimento físico de uma menina de treze anos de idade, seios tão volumosos, mesmo porque sua coluna vertebral ainda não está desenvolvida a ponto de suportar esse peso.

A pergunta bate-me, de chofre: qual foi o médico que aceitou fazer essa cirurgia, sabendo que estaria infringindo não apenas a lei dos homens, mas uma lei muito mais sábia que é a da própria Natureza? Não pode ter sido um incompetente qualquer, tanto que se pode notar o chamado sucesso cirúrgico, ou seja, o médico obteve plenamente o resultado pretendido.

Então vem a triste certeza: não teria existido outro motivo para a realização dessa cirurgia que não o dinheiro. Assim como também foi o dinheiro – muito bem amparado pelos alicerces de uma situação a que se denomina fama – que motivou os pais de A. B. a permitirem que se lhe tenha sido arrancada a infância e a adolescência como num passe de mágica: hoje, você é uma menina; amanhã será uma mulher, sendo que esse amanhã é realmente amanhã, apenas vinte e quatro horas depois e não um amanhã metafórico, que sugere todo um futuro, décadas, talvez um lustro para a frente.
Neste momento, A. B. está afirmando estar consciente de que a carreira de modelo tem curtíssima duração e que já está se preparando para a aposentadoria – provavelmente compulsória – aos vinte e poucos anos de idade.

Reflito: A. B. perdeu a infância e a adolescência preparando-se arduamente para brilhar nas passarelas; e um erro estratégico, uma malandragem por parte das pessoas que se encarregaram de administrar o dinheiro que ela ganhou, pode decretar que ela também perca não apenas a mocidade, mas a vida toda. Aliás, somaticamente, ela já está perdendo pelo menos dez anos de vida, já que foi envelhecida de propósito prematuramente. Com treze anos, ela aparenta pelo menos vinte e três...

Minha atenção retorna ao vídeo e vejo-escuto a menina dizer que tinha sido obrigada – por causa dos incontáveis compromissos profissionais – a abandonar os estudos na sétima série. Voltará ela à escola depois, quando se aposentar? Tenho toda a liberdade de pensar: duvido.

Faz-se um verdadeiro escândalo de mídia quando se fala de casos de meninos-carvoeiros, meninos-mulas carregando fardos pesadíssimo de erva mate, de flanelinhas explorados por adultos nos semáforos das grandes cidades. Diz-se alto e a bom som que lugar de criança é na escola. O governo chega a fazer – e a mal executar – projetos de acréscimo – ridículo – de renda familiar para possibilitar crianças a deixarem de trabalhar para poderem se dedicar aos estudos. São crianças pobres, de famílias pobres, com sonhos mais chãos...

Mas ninguém fala – pelo menos de forma suficientemente clara – a respeito dessas meninas, boa parte delas vindas de famílias de classe média, que trabalham muitas vezes incomparavelmente mais do que qualquer menino-carvoeiro, por exemplo, na perseguição do sucesso e da fama nas passarelas. E, evidentemente, na perseguição dos gordos lucros monetários que a posição de top model pode auferir.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, a profissão de modelo, para qualquer dessas meninas, é contrária ao que ditam os incisos I e II do artigo 63, que onde fica expressa a garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular e atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente. O mesmo Estatuto estabelece como crime o fato de adultos obrigarem crianças a trabalhar.

Portanto, no caso de nossas tão jovens modelos, estão sendo cometidos – assim a olhos vistos – pelo menos dois crimes: o afastamento das meninas dos bancos escolares e a exploração do trabalho infantil, crime este em que seriam réus os agentes e os pais da modelo.

Pensando mais um pouco, encontro mais criminosos: o médico que lhe implantou próteses de silicone, o nutricionista que lhe estabeleceu uma dieta magra, tão magra que no máximo lhe permite a sobrevivência, os fotógrafos que não se inibem de fotografar sua nudez – e isso poderia ser catalogado como crime de corrupção de menor – o psicólogo que lhe enfiou na mente uma auto-estima que ela ainda não está preparada para assumir e a própria mídia, que divulga e exalta uma menina que, aos treze anos, tem corpo, cabeça e trabalho de uma mulher no mínimo dez anos mais velha.

A modelo, esta, não tem culpa nenhuma. Ela é a vítima típica, aquela que sofre em virtude da ambição material de pais, agentes, médicos, nutrólogos, fotógrafos, repórteres e todos mais que, em função da assincronia idade-função-trabalho da modelo, ganham verdadeiros rios de dinheiro.

É mais do que natural que uma menina, desde muito cedo, tenha como ídolo qualquer uma dessas modelos lindíssimas que diariamente estão na telinha. O que não pode ser considerado como natural é o fato de essa menina ser excessivamente estimulada a se tornar uma delas. Pior ainda: os pais dessa menina – principalmente a mãe – fazer de tudo para que ela assim o seja. Isso implica no desprezo da base fisiológica da vítima, vale dizer que inúmeras vezes os adultos que a cercam fazem questão de fechar os olhos às evidências mais simples, tais como o biótipo da menina, e forçam-na a ser fisicamente algo que a Natureza, já em seu código genético, impedira-a de ser. Crime de lesão corporal grave, com dolo?

Escuto um toc-toc meio dissonante e descompassado às minhas costas e vejo – com um arrepio de terror – minha netinha aparecer calçando os sapatos altos de sua mãe.

Penso um pouco antes de responder afirmativamente à sua pergunta vovô, estou bonita? E estremeço quando ela dá uma volta sobre si mesma – quase caindo dos saltos, é verdade – e diz: Quando eu crescer, vou ser como a Gisele Bündchen!

Assim espero, minha uvinha... Assim espero. Mas, veja bem, somente quando você crescer.
Quando terminar de crescer!

Um comentário:

Zerfas disse...

pensando sobre, seria otimo se todas as crianças quisessem ser o que são : crianças. Simples, indisciplinadas, alegres, descomprometidas com o mundo (ou quase todo mundo) que as cercam.
A liberdade que a infancia não tme como ser vivida em outra fase da vida, por mais que tentemos ter um espírito de Peter Pan, onde todos são crainças e a brincadeira é a lógica de toda a vida.
Meu pai era um Peter Pan, no fundo acreditava que poderia ter tudo que sua imaginação ou desejo ambiciava, mas com o coração. Não havia um desejo de ser um homem poderoso, domo de uma empresa ou algo que demandasse uma dedicação de responsabilidade muito alta.
Ser pai e professor, montanhista, quando tinha tempo marido, no fundo dele já o realizava como ser humano. Mas muitas vezes achou que eu poderia ser a MOdelo. Me recusei e me recusaria até hj, mesmo sabendo que não tenho aparência de tal.
Ele se foi e continuo tentando aprender com ser Peter Pan nos dias de hj onde tudo é sexo violência e paixão, onde a pureza e a espontaniedade não tem lugar nas passarelas da moda e nem são manchetes de jornal.
Zerfas